Como Identificar e Tratar o Zumbido em Crianças e Adolescentes

O zumbido em crianças e adolescentes muitas vezes passa despercebido. Como se trata de uma queixa subjetiva, muitos jovens não conseguem descrever claramente o que sentem, e o problema pode ser confundido com distração, dificuldades escolares ou até questões de comportamento. No entanto, identificar o zumbido na infância ou na adolescência é fundamental para evitar impactos duradouros na qualidade de vida, no aprendizado e no desenvolvimento social.

O zumbido no ouvido nessa faixa etária, quando não reconhecido, pode comprometer a concentração, a socialização e até a saúde emocional. Por isso, o diagnóstico precoce é uma das chaves para oferecer um tratamento eficaz e melhorar a rotina desses pacientes.

O que é o zumbido em crianças e adolescentes

O zumbido é a percepção de um som sem que haja uma fonte sonora externa. Em adultos, essa queixa é bastante estudada, mas em crianças e adolescentes ainda há muitas lacunas. O zumbido em crianças e adolescentes pode se manifestar como apitos, chiados e outros sons constantes ou intermitentes. Diferente do que se observa em adultos, os mais jovens frequentemente não têm vocabulário suficiente para descrever o incômodo, o que torna o reconhecimento mais desafiador.

Estudos mostram que o zumbido na infância é mais comum do que se imagina, podendo afetar até 20% das crianças em idade escolar. Já o zumbido na adolescência tende a ter maior relação com hábitos de vida, como uso excessivo de fones de ouvido e exposição a sons intensos.

Principais causas do zumbido em jovens

As origens do zumbido em pacientes mais jovens são variadas. Entre as causas mais frequentes estão:

  • Exposição a sons altos: uso prolongado de fones de ouvido, participação em shows ou jogos com volume elevado podem causar danos temporários ou permanentes ao ouvido interno.
  • Infecções de ouvido: infecções como as otites podem causar alterações auditivas associadas ao zumbido.
  • Alterações neurológicas e auditivas: problemas no sistema auditivo periférico ou central podem estar envolvidos, levando à percepção do zumbido..
  • Fatores emocionais e psicológicos: ansiedade, estresse e dificuldades escolares também podem desencadear ou agravar a condição.

É fundamental que o profissional de saúde investigue o contexto do paciente, associando histórico clínico e comportamental ao quadro de zumbido.

Sinais de alerta: como reconhecer

Um dos grandes desafios é que crianças e adolescentes nem sempre relatam espontaneamente a condição. Alguns sinais podem ajudar pais, professores e cuidadores a perceberem o problema:

  • Queixas frequentes de barulho ou apito no ouvido.
  • Dificuldades de concentração e queda no desempenho escolar.
  • Irritabilidade, alterações de sono ou de comportamento.
  • Evitar locais barulhentos ou reclamar de incômodos auditivos em festas, salas de aula e eventos. Importante notar que aqui pode haver tanto um quadro de zumbido quanto de hiperacusia ou misofonia. Em alguns casos, é possível que haja uma combinação dessas condições.

Quando esses sinais aparecem, é recomendada a avaliação médica especializada. O otorrinolaringologista, com apoio de fonoaudiólogos e outros profissionais, pode oferecer uma análise completa e direcionada.

Métodos de diagnóstico e exames recomendados

O diagnóstico do zumbido em crianças e adolescentes exige uma abordagem cuidadosa e adaptada à faixa etária. Alguns recursos importantes são:

  • Avaliação otorrinolaringológica: exame clínico detalhado para identificar possíveis causas auditivas ou infecciosas.
  • Exames audiológicos: a prescrição de avaliações como audiometria infantil, acufenometria e outras, é um passo essencial para a elaboração de um tratamento personalizado de acordo com as necessidades do paciente.
  • Exames complementares: em casos complexos, podem ser solicitados exames de imagem ou avaliação neurológica para maior compreensão da situação.
  • Abordagem multidisciplinar: muitas vezes é preciso integrar otorrinos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e psicólogos para compreender o quadro em toda sua complexidade.

Essa visão ampla permite não apenas diagnosticar o zumbido no ouvido, mas também identificar fatores associados que podem estar influenciando sua intensidade.

Tratamentos disponíveis para o zumbido em jovens

O tratamento para zumbido em crianças e adolescentes deve ser individualizado e baseado em evidências. Algumas estratégias incluem:

  • Orientação sobre hábitos auditivos saudáveis: reduzir o tempo de uso de fones de ouvido e evitar volumes altos é essencial.
  • Intervenções médicas: tratar otites ou alterações auditivas relacionadas ao zumbido é um passo importantíssimo para a saúde auditiva do paciente.
  • Estratégias terapêuticas não invasivas: sons de fundo, terapias sonoras e aconselhamento podem trazer alívio.
  • Apoio psicológico e comportamental: em casos em que fatores emocionais estão presentes, terapias de suporte são fundamentais. Aqui, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) tem mostrado alta eficácia na ressignificação do zumbido, ajudando o paciente a recuperar sua tranquilidade.

Não existe uma cura única para o zumbido, mas há diversas possibilidades terapêuticas que permitem reduzir o incômodo e melhorar a qualidade de vida.

A contribuição do ISBO na formação profissional

Quando falamos de atendimento clínico de qualidade, é essencial que os profissionais estejam preparados para lidar com as especificidades do zumbido na infância e na adolescência. O ISBO Cursos é referência nesse processo de formação.

Sob a liderança da Dra. Sandra Bastos, o instituto oferece programas como o Zumbido Summit, o UpDAYte e o PAC na Prática, que capacitam profissionais de saúde a compreender desde a fisiopatologia até as estratégias de tratamento mais avançadas. Além disso, a Mentoria ISBO oferece acompanhamento personalizado para médicos, otorrinos e fonoaudiólogos que desejam aprimorar seu manejo clínico e oferecer soluções mais assertivas aos seus pacientes.

O grande diferencial do ISBO está na combinação de atualização científica, prática clínica e abordagem multidisciplinar. Dessa forma, o profissional não apenas entende o zumbido, mas aprende a aplicar esse conhecimento diretamente no atendimento a crianças e adolescentes.

Cuidando desde cedo

O zumbido em crianças e adolescentes é mais comum do que parece, mas ainda é pouco conhecido fora dos consultórios especializados. Quando identificado precocemente, abre-se a possibilidade de tratamentos eficazes que impactam diretamente na vida escolar, social e emocional dos jovens.

Cuidar desses pacientes vai além do diagnóstico: envolve atenção, escuta ativa e preparo profissional para lidar com casos que exigem sensibilidade e conhecimento técnico.

No ISBO Cursos, cada formação é pensada para dar ao profissional de saúde as ferramentas necessárias para transformar a rotina de quem sofre com zumbido no ouvido. Porque, no fim das contas, tratar o zumbido não é apenas sobre reduzir o desconforto causado por essa condição. É sobre devolver o silêncio, a concentração e a qualidade de vida desde a infância.

Para aprofundar seus conhecimentos e aprender com quem vive essa realidade todos os dias, tire suas dúvidas conosco e conheça os cursos e mentorias do ISBO!

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